terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Novos estudos comprovam o uso da Vitamina D no tratamento da Esclerose Múltipla

Um estudo recente mediu o impacto dos níveis sanguíneos de vitamina D e o risco de surtos em Esclerose Múltipla: para cada aumento de 4ng/ml em 25-hidroxi-vitamin D no sangue, o risco de surtos em Esclerose Múltipla é reduzido em 12%. Os pesquisadores que realizaram este estudo concluíram que: elevando os níveis de vitamina D é possível reduzir pela metade o risco de novos surtos (Simpson 2010).
Células do sistema imune que atacam a bainha de mielina, são reguladas por exposição à vitamina D. Quando estas células agressivas imunitárias, são colhidas diretamente de pacientes com esclerose múltipla e são expostas à forma ativa de vitamina D, as células se dividem e se reproduzem muito mais lentamente, indicando que a vitamina D tem a capacidade de impedir a autoimunidade aberrante, que é a força motriz para o desenvolvimento da Esclerose Múltipla.
No entanto, a vitamina D faz mais do que apenas equilibrar células do sistema imunológico, ela também reforça a proteção de células imunitárias específicas. Explico: as células T-reg são componentes especializadas do sistema imunitário que ajudam a manter a imunidade equilibrada. Se há deficiência de células T-reg no corpo, o sistema imunitário se torna hiperativo, assim como ocorre nas doenças auto-imunes, dentre elas, a esclerose múltipla. A vitamina D aumenta o número de células T-reg, restaurando dessa forma, o equilíbrio de um sistema imunológico hiperativo [agressivo] (Correale 2009).
Neste estudo confirmou-se que a vitamina D [em doses elevadas] em pacientes com esclerose múltipla teve um significativo efeito em reduzir as células agressivas do sistema imunológico, restaurando o seu equilíbrio (Correale 2009).
Mais outra pesquisa científica, foi confirmado que pacientes com Esclerose Múltipla fazendo uso de altas doses de vitamina D apresentaram menos lesões ativas durante o período de 28 semanas (Am J Clin Nutr 2007; 86:645-51).
Vê-se que diversos são os estudos que apoiam o uso da vitamina D3 no tratamento da Esclerose Múltipla, e doenças autoimunes em geral, eis que esta poderosa vitamina tem a potente função imunomoduladora.
Na esclerose múltipla, que ataca o sistema nervoso, corrigir essa deficiência [da vitamina D] permite que muitos pacientes fiquem livres das manifestações do problema” afirma o médico neurologista Doutor Cícero Galli Coimbra (doutor em Neurologia pela Unifesp e pós doutorado pela Universidade de Lund, Suécia), da Universidade Federal de São Paulo (Revista Saúde, editora Abril, de abril de 2011, página 27).
Dr. Júlio Caleiro, nutricionista, aplica a terapia da vitamina D para pacientes com Esclerose Múltipla obtendo excelentes resultados. Veja os depoimentos dos pacientes no link: https://nutricaobrasil.wordpress.com/depoimentos-tratamento-dr-julio-caleiro/
Assim, ao invés de esperar que os médicos convencionais aceitem o uso da vitamina D para o tratamento de doença autoimune, sugiro que o portador de Esclerose Múltipla inicie este tratamento o mais breve possível, para que a doença não deixe seqüelas irreversíveis. A suplementação nestas circunstâncias são elevadas, logo, é preciso um acompanhamento nutricional ou médico específico nesta terapia especializada [oriunda da nutrição avançada], já que o uso de vitamina D em doses elevadas sem os cuidados necessários podem trazer efeitos adversos. Entre os efeitos adversos, pode ocorrer o aumento da absorção de cálcio sem o correto direcionamento pelo organismo, calcificando órgãos e causando novas e graves doenças, mesmo que isso tenha sido demonstrado ser esporádico na literatura.
Alerto que antes da alta suplementação com vitamina D para fins de tratamento é preciso realização de alguns exames clínicos, bem como uma dieta específica individualizada.

Vitamina D - beneficios múltiplos

Enquanto os cientistas se referem a vitamina D como uma vitamina, é realmente um hormônio esteroide obtido a partir de exposição ao sol, fontes de alimentos e suplementação. 

Em 1922 uma substância foi isolada e identificada como tendo origem na alimentação. Na época, a denominação das vitaminas era sequencial e já haviam sido isoladas as vitaminas A, B e C. Dessa forma, a nova descoberta recebeu o nome de vitamina D.

No entanto, as vitaminas não são sintetizadas no organismo e são conseguidas por meio da alimentação.  A vitamina D, pelo contrário, é sintetizada pelo organismo humano sendo um pré-hormônio. Os tipos comuns de vitamina D são: colecalciferol (D3), de origem animal, e ergocalciferol (D2), de origem vegetal. Comparada a D2, a vitamina D3 é 87 por cento mais eficaz, e é a forma preferida para lidar com níveis insuficientes de vitamina D.

A síntese da vitamina D nos organismos animais está relacionada com a exposição à luz solar, mais especificamente aos raios ultravioletas B (UVB), abundantes entre às 10 e 14 horas (quanto mais próximo do meio-dia, maior é a incidência de raios UVB) (fonte). A incidência desses raios solares na epiderme (em contato com a gordura que nosso corpo produz depositada sobre a nossa pele) promove a transformação de um derivativo do colesterol (o  7-DHC) em colecalciferol. A fase seguinte se dá pela corrente sanguínea. No fígado, ele é convertido em 25-hidroxi vitamina D (ou calcidiol) e, quando é finalmente transportado aos rins, sofre a última transformação química e se torna a vitamina D (ou calcitriol).

Ao bloquear a produção de vitamina D na pele, os produtos de proteção solar realmente contribuem para o câncer e a promoção de deficiências nutricionais. Saiba mais sobre este tema, com uma das melhores fontes de conhecimento da atualidade, Dr. Mercola: 7 Coisas Surpreendentes que Você Provavelmente não Sabe sobre a Exposição à Luz Solar e sobre os Protetores Solares (clique aqui).

Estima-se que até 85 por cento das pessoas têm níveis insuficientes de vitamina D e não têm conhecimento disso. Enquanto a mídia convencional e a medicina promoverem que se fuja do sol, isso realmente poderá colocar a sua saúde em perigo e causar deficiência de vitamina D.