Notícias sobre pesquisas que relacionam a falta de vitamina D com o desenvolvimento de câncer ganharam a atenção das redes sociais recentemente. Mas o que a ciência sabe realmente sobre essa relação?
A nutricionista Georgia Oliveira, que atende os pacientes da Oncologia D’Or no Rio de Janeiro, esclarece.
1.Existe relação entre os níveis insuficientes de vitamina D e o câncer?
Embora não haja nenhuma comprovação científica sobre o papel benéfico da Vitamina D, alguns estudos pré-clínicos e especialistas sugerem fortemente que a deficiência de vitamina D aumenta o risco de desenvolvimento do câncer e que adicionar suplementos de vitamina D pode ser uma maneira econômica e segura para reduzir a incidência de câncer e melhorar o prognóstico e /ou o desfecho da doença.
2. De que forma a vitamina D agiria na prevenção do câncer?
A vitamina D tem sido conhecida por seu papel fisiológico na homeostase mineral através de suas ações sobre os intestinos, rins, glândulas paratireoides e osso. Contudo, as observações recentes dos efeitos anticancerígenas da forma bioativa da vitamina D (1,25 [OH] 2D3) numa ampla gama de tumores são pouco compreendidas ainda.
3. Quais cânceres seriam mais afetados pela falta de vitamina D?
O conhecimento existente, muitas vezes fragmentado, seria das vias de sinalização que levam à diferenciação induzida pela vitamina D de células do câncer de cólon, mama, próstata, carcinoma de células escamosas, osteossarcoma e leucemia mieloide.
4. Quando a suplementação é indicada?
Deve se suplementar, quando há níveis séricos insuficientes e ou deficientes. Existe um conjunto considerável de evidências de que as principais células cancerosas humanas podem ser candidatas adequadas para a quimioprevenção ou terapia de diferenciação com vitamina D. No entanto, estudos adicionais são necessários para compreender completamente os mecanismos subjacentes, a fim de melhorar as abordagens terapêuticas.
5. Existe relação entre atividade física e vitamina D?
O aumento do peso e do Índice de Massa Corporal (IMC) está associado a concentrações mais baixas de vitamina D no sangue. Podemos considerar, que a obesidade pode causar Hipovitaminose D (falta de vitamina D), quadro que está associado ao aumento do risco do câncer de mama nos pacientes estrogênio positivo. A alteração do IMC com maior concentração de gordura (obesidade) e a gordura corporal afetam, diretamente, os níveis de concentrações séricas de alguns hormônios, como estrogênios, insulina e fatores de crescimento semelhantes à insulina. Esse processo pode facilitar a incidência de carcinogênese da mama. Estes hormônios contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, estimulando a resposta inflamatória do corpo. A atividade física também parece reduzir o risco de câncer de mama diminuindo diretamente os níveis de estrogênios séricos e insulina sérica ou através da redução da gordura corporal. Além disso, pessoas que fazem exercícios físicos regularmente são mais propensas exposição à luz solar, que eleva os níveis de vitamina D do sangue.
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