Uma nova pesquisa publicada no BMJ liga falta de vitamina D ao aumento do risco de morte por todas as causas - incluindo doenças cardiovasculares - e pode mesmo desempenhar um papel no prognóstico do câncer. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Division of Clinical Epidemiology and Aging Research do German Cancer Research Center, na Alemanha.
Para o trabalho, foram analisados dados de oito estudos de base populacional da Europa e dos EUA, envolvendo 26.018 participantes entre as idades de 50 e 79 anos. Indivíduos foram acompanhados por 16 anos.
Os pesquisadores descobriram uma associação entre baixos níveis de vitamina D e mortalidade por todas as causas - incluindo doenças cardiovasculares e câncer. Durante o acompanhamento, aconteceram 6.695 óbitos, sendo 2.624 mortes por doenças cardiovasculares e 2.227 por cancro.
Foi encontrada uma ligação entre os participantes com os níveis mais baixos de vitamina D - como determinado pelo exame 25-hidroxivitamina-D - e morte por doenças cardiovasculares. Esta associação foi encontrada em participantes com e sem histórico da doença.
Os autores também notaram uma associação entre níveis baixos de vitamina D e de morte por câncer entre os participantes com histórico da doença. No entanto, nenhuma associação foi encontrada entre os participantes sem histórico de câncer, dizem os pesquisadores, o que indica que a vitamina D pode ser importante no prognóstico do câncer. Mas a equipe ressalta que não se pode excluir a causalidade reversa, ou seja, de que o câncer pode ter levado a baixos níveis de vitamina D.
De acordo com os cientistas, essa pesquisa mostra a importância de mantermos níveis adequados de vitamina no organismo durante toda a vida, mas ainda não justifica a suplementação. Para isso, mais estudos são necessários.
Especialistas esclarecem 12 dúvidas sobre a vitamina D
A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que pode ser obtido após exposição solar ou por meio da alimentação. Esta substância é essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. "É só pensar no que representa para o organismo a falta desta vitamina que controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular", diz o neurologista Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo.
A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer. "Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a Síndrome Metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2", diz a nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano UNIFRA.
Existem ainda uma série de outros benefícios que a vitamina D proporciona para o organismo. "Infelizmente, cerca de 80% das pessoas que vivem no ambiente urbano estão deficientes nesta substância", constata Coimbra. Conversamos com especialistas neste nutriente e esclarecemos doze dúvidas frequentes sobre ele.
Para o trabalho, foram analisados dados de oito estudos de base populacional da Europa e dos EUA, envolvendo 26.018 participantes entre as idades de 50 e 79 anos. Indivíduos foram acompanhados por 16 anos.
Os pesquisadores descobriram uma associação entre baixos níveis de vitamina D e mortalidade por todas as causas - incluindo doenças cardiovasculares e câncer. Durante o acompanhamento, aconteceram 6.695 óbitos, sendo 2.624 mortes por doenças cardiovasculares e 2.227 por cancro.
Foi encontrada uma ligação entre os participantes com os níveis mais baixos de vitamina D - como determinado pelo exame 25-hidroxivitamina-D - e morte por doenças cardiovasculares. Esta associação foi encontrada em participantes com e sem histórico da doença.
Os autores também notaram uma associação entre níveis baixos de vitamina D e de morte por câncer entre os participantes com histórico da doença. No entanto, nenhuma associação foi encontrada entre os participantes sem histórico de câncer, dizem os pesquisadores, o que indica que a vitamina D pode ser importante no prognóstico do câncer. Mas a equipe ressalta que não se pode excluir a causalidade reversa, ou seja, de que o câncer pode ter levado a baixos níveis de vitamina D.
De acordo com os cientistas, essa pesquisa mostra a importância de mantermos níveis adequados de vitamina no organismo durante toda a vida, mas ainda não justifica a suplementação. Para isso, mais estudos são necessários.
Especialistas esclarecem 12 dúvidas sobre a vitamina D
A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que pode ser obtido após exposição solar ou por meio da alimentação. Esta substância é essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. "É só pensar no que representa para o organismo a falta desta vitamina que controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular", diz o neurologista Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo.
A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer. "Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a Síndrome Metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2", diz a nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano UNIFRA.
Existem ainda uma série de outros benefícios que a vitamina D proporciona para o organismo. "Infelizmente, cerca de 80% das pessoas que vivem no ambiente urbano estão deficientes nesta substância", constata Coimbra. Conversamos com especialistas neste nutriente e esclarecemos doze dúvidas frequentes sobre ele.
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