quarta-feira, 11 de abril de 2018

Qual a dosagem correta de Vitamina D?

De acordo com o Conselho de Vitamina D dos Estados Unidos, uma dose de 1000 UI's por cada 11 Kilos e 340 gramas de peso corporal são recomendados por dia. No entando, fazer um exame de sangue é a melhor maneira de saber sua dose ideal. Um corpo humano saudável utiliza cerca de 3000 à 5000 UI de Vitamina D por dia.

Esses valores podem ser ajustados de acordo com sua idade, peso, cor de pele e exposição normal ao sol. Se você está fora de uma exposição adequada ao sol, usa chapéu, muitas roupas e não toma suplemento de Vitamina D, é melhor procurar um médico no seu estado que saiba fazer o tratamento com Vitamina D.

Se você decidir suplementar Vitamina D por conta própria em doses elevadas é melhor garantir um acompanhamento médico especializado. Doses elevadas podem causar dores de cabeça e inflamação no corpo.

Nos Estados Unidos, a dosagem segura sugerida pelo governo é de 4000 UI por dia, outros especialistas discordam e o consenso atual afirma que 10000 UI é uma dose diária segura já que essa é a quantidade naturalmente produzida pela pele a partir de exposição máximo ao sol.

Vitamina D pode ser a cura para insônia e depressão

Antes de falar como a fabulosa Vitamina D pode ajudar na cura para insônia e depressão (entre muitos outros problemas de saúde), vamos explicar o que é a Vitamina D. Esse explicação é essencial para você saber como essa vitamina é importante para a vida de qualquer ser humano.
A Vitamina D é importante para a saúde geral e também para ossos fortes e saudáveis, além disso, desempenha um papel importante no funcionamento dos músculos, coração, pulmões, cérebro e também na capacidade do seu corpo em combater infecções.
Seu corpo pode produzir Vitamina D através da luz solar direta na sua pele, suplementos ou em quantidades bem pequenas de alguns alimentos que contém Vitamina D como:
  • Óleo de fígado de bacalhau
  • Cogumelos
  • Peixes oleosos (salmão, truta, sardinha, atum)
  • Ova de peixe
  • Tofu
  • Ovos (cozidos)
Existem muitos outros alimentos que contém Vitamina D [3], mas no geral em pequenas quantidades. Saiba também que a Vitamina D é solúvel em óleo, o que significa que você precisa consumir gordura para seu organismo absorver bem a Vitamina D.
A melhor forma de obter Vitamina D é através da pele, quando sol bate de forma direta e natural na sua pele. Quando a luz UVB e um derivado de colesterol faz com que a Vitamina D seja sintetizada pela corpo.
Uma vez no seu corpo, a Vitamina D passa por uma série de transformações antes de realmente ser usada pelo organismo. Depois desse processo, a Vitamina D está pronta para ser usada pelo seu corpo e gerenciar a quantidade de cálcio no sangue, ossos, bom funcionamento do instestino e também ajudar as células em todo o corpo a se comunicarem corretamente [2].

Vitamina D e o sono

O grande problema de mais da metade da população mundial ter dificiência em Vitamina D [1] e também o problema causador de diversos distúrbios do sono como a insônia é que diferente de antigamente, hoje trabalhamos dentro de casa, escritórios, usamos muita roupa, protetor solar e pegamos pouca luz solar diretamente na pele. Todas essas realidades da vida moderna tiram a nossa dose diária de Vitamina D.
A Dr. Stasha Gominak neurologista do East Texas Medical Center acredita que os distúrbios do sono atingiram proporções epidêmicas porque muitas pessoas são deficientes em Vitamina D [4]. Ela argumenta que: "Parece lógico que o hormônio que nos liga ao sol também iria afetar o sono.".
Dr. Stasha Gominak diz que o nível de Vitamina D no sangue deve se manter em proporções ideias para uma boa noite de sono. A Vitamina D é um dos hormônios esteróides mais antigos conhecidos e ajuda a controlar o relacionamento do seu organismo com o sol, influenciando os elementos mais básicos da sobrevivência como seu metabolismo, capacidade de reproduzir e seu sono.
Uma das principais razões é porque a Vitamina D regula a expressão gênica que pode afetar muitos tecidos e vias metabólicas. Por exemplo, a Vitamina D inibe a expressão do gene ReIB que desempenha um papel crucial no desenvolvimento da inflamação, além de outros químicos pró-inflamatórios que também atuam regulando o sono [5][6][7][8]. O gene ReIB também tem sido associado a apneia do sono uma desordem do sono comum.

Vitamina D e a depressão

Assim como a Vitamina D desempenha um papel vital na saúde dos ossos, músculos, coração, pulmões, cérebro e sono, pesquisadores estão começando a descobrir que a Vitamina D pode desempenhar papéis em muitas outras áreas do organismo.
Receptores de Vitamina D foram encontrados em várias partes do cérebro [11]. Esses receptores são encontrados na superfície de uma célula onde recebem sinais químicos. Por exemplo, ao se anexar a um receptor, os sinais químicos controlam uma célula para que ela faça algo como se dividir, morrer ou agir de outra maneira.
Alguns receptores do cérebro são receptores de Vitamina D, o que significa que a Vitamina D está presente e atuando no cérebro. Alguns desses receptores foram encontrados em áreas do cérebro que estão relacionadas com o desenvolvimento da depressão. Por isso que a Vitamina D tem sido associada com a depressão e outros problemas de saúde mental.
Exatamente como a Vitamina D funciona no cébreo não é totalmente compreendido. Uma teoria é que a Vitamina D afeta a quantidade de químicos chamados de monoaminas como a serotonina e como eles atuam no cérebro. Muitos medicamentos anti-depressivos funcionam através do aumento da quantidade de monoaminas no cérebro. Pesquisadores tem sugerido que a Vitamina D pode também aumentar a quantidade de monoaminas de forma natural o que pode ajudar a diminuir o quadro de depressão [12].
Há uma série de estudos feitos nos últimos anos para investigar o link entre níveis de Vitamina D e a depressão. Numa revisão das pesquisas feitas sobre a vitamina D e depressão em 2013 [13], pesquisadores analisaram todas as pesquisas publicadas até Fevereiro de 2011. Eles incluíram estudos de alta qualidade que investigavam:
  • Se a falta de Vitamina D no sangue está relacionada com a depressão
  • Se a falta de Vitamina D no sangue faz com que seja mais provável que uma pessoa desenvolva depressão
  • Se tomar suplemento de Vitamina D pode melhorar ou prevenir depressão
Dos 5000 artigos de pesquisa, 13 foram explorados de forma eficaz, mais de 31 mil pessoas participaram desses 13 estudos. Os resultados mostraram que existe uma relação entre baixos níveis de Vitamina D no sangue e a depressão. No entanto, a pesquisa não conseguiu concluir se a Vitamina D foi a causa ou efeito da depressão.

Sou deficiente em Vitamina D?

Por diversas razões, muitas pessoas não estão recebendo uma quantidade suficiente de Vitamina D para se manter saudável, isso torna a pessoa deficiente em Vitamina D. Você provavelmente não está obtendo uma quantidade suficiente de Vitamina D se:
  • Seu corpo não recebe luz solar suficiente. Seu corpo é normalmente é capaz de obter toda Vitamina D que necessita quando você expõe boa parte da pele para o sol, no entando, muitas pessoas não recebem luz solar suficiente porque ficam muito tempo dentro de suas casas ou escritórios e algumas durante pouca exposição solar usam protetores. Também é difícil para algumas pessoas obter quantidade suficiente de Vitamina D durante o inverno.
  • Você não usa suplemento. É muito difícil obter uma quantidade suficiente de Vitamina D só a partir dos alimentos.
  • Seu corpo precisar de mais Vitamina D do que o habitual, por exemplo, se você está acima do peso ou grávida.
Existem também alguns grupos de pessoas que são mais propensos a ter dificiência de Vitamina D. As seguintes pessoas se encaixam nesse grupo:
  • Pessoas com pele mais escura. Quando mais escura for a pele, mais sol você precisa pegar para obter uma quantidade de Vitamina D considerada ideal.
  • Pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados durante o dia.
  • Pessoas que cobrem sua pele o tempo todo seja com roupas ou protetor solar.
  • Pessoas mais velhas tem a pele mais fina do que as mais jovens, isso pode significar que já não conseguem mais produzir Vitamina D.
  • Bebês no qual as mamães são deficientes em Vitamina D.
  • Mulheres grávidas
  • Pessoas obesas
Por fim, o jeito mais confiável de saber se você realmente está com deficiência em Vitamina D é fazendo um exame de sangue.

Quando tomar Vitamina D?

Vitamina D é o inverso da Melatonina, o hormônio do sono, por isso não faz nenhum sentido tomar o suplemento durante a noite pois é provável que você tenha um sono nada bom.
O melhor horário para tomar Vitamina D é pela manhã.
Uma noite saudável de sono é VITAL para uma vida saudável e produtiva. Se você não tem bons níveis de Vitamina D, é bem provável que seu sono não será tão reparador como deveria ser. Se você ainda vive uma vida estressante, ansiosa e/ou tiver depressão, dormir bem é ainda mais importante.

Vitamina D, existe vacina contra o câncer

Perguntaram para o Dr. Lair Ribeiro se existe alguma vacina contra o câncer, ele não titubeou e respondeu que sim, é a vitamina D, se tomada na dosagem correta e periódica

Eu mesmo, este editor que vos escreve, tenho uma doença crônica, chamada síndrome de Behçet , esta doença me faz sofrer com inflamação ocular (Uveite) e com úlceras genitais que apareciam a cada 3 meses. Procurei diversos médicos reumatologistas, oftalmologistas, urologistas e todos eles disseram que não sabiam o que me receitar, até que um dia um médico paulista, chamado Walter Feldman, me receitou tomar um comprimido de vitamina D (10.000 UI) por dia, pronto ! nunca mais sofri com os sintomas da síndrome de Behçet. A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel e essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças. 

A tão famosa vitamina D é não apenas necessária, mas fundamental para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer. 

Esta especifica substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2. 

O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser autista. 

A super maravilhosa vitamina D foi denominada desta forma em 1922, pois naquela época acreditava-se que ela só poderia ser obtida por intermédio da alimentação. Ela foi batizada de D por ter sido a quarta substância descoberta, depois das vitaminas A, B e C. A partir da década de 1970 os pesquisadores descobriram que a vitamina D poderia ser sintetizada pelo organismo, ou seja, na realidade ela é um hormônio, não uma vitamina.

SÍNDROME DOENÇA DE BEHÇET, CURA COM A VITAMINA D

“6 anos de tratamento convencional x 6 meses da Vitamina D”
Em 2012 Cleandra começou a apresentar aftas imensas na cavidade bucal associadas a uma alteração do campo visual. Consultou um médico oftalmologista e recebeu o diagnóstico de Doença de Behçet.
Durante 6 anos foi medicada convencionalmente com prelone, colchicina e azatioprina. Contudo, os sinais e sintomas da doença continuavam a se manifestar.
A doença de Behçet (também conhecida como doença da rota da seda), é uma vasculite autoimune. Como complicação da inflamação vascular, Cleandra apresentou uma importante trombose venosa profunda a qual está sendo medicada com anticoagulante via oral.
Insatisfeita com a evolução clínica da sua patologia, ela nos procurou há 6 meses em busca de uma nova terapia.
Suspendemos os medicamentos convencionais (exceto o anticoagulante), prescrevemos o Protocolo da Vitamina D associado a uma rigorosa dieta sem glúten e Cleandra está evoluindo muito bem.
Ela praticamente não apresentou mais lesões ulceradas e está se sentindo cada vez mais disposta, saudável e feliz.
“VASCULITE SISTÊMICA AUTOIMUNE”
francisco2Há 2 anos, Francisco participou de um jogo de futebol normalmente e, no dia seguinte, acordou com apenas 20% da visão em ambos os olhos.
Diagnosticado, equivocadamente, como portador de Toxoplasmose Ocular (IgG positivo), ele foi medicado durante 1 ano com sulfa e cortisona.
Após ser atendido por diversos médicos, ele consultou uma experiente oftalmologista em Goiânia que fez o diagnóstico de uveíte intermediária (fotos em anexo) e, considerando as uveítes recidivantes com as úlceras bucais e genitais, fechou o diagnóstico clínico de Doença de Behçet e o encaminhou para uma conceituada reumatologista, também da cidade de Goiânia. Ela manteve o tratamento com altas doses de cortisona e acrescentou metotrexato e ácido fólico.francisco1
Devido à corticoterapia prolongada, Francisco ganhou 10 kg e desenvolveu catarata precoce em ambos os olhos (já operados). Preocupado com os graves efeitos colaterais desses medicamentos, Francisco buscou outras terapias na Internet e veio nos consultar em Campinas.
Suspendemos criteriosamente os medicamentos convencionais e iniciamos o tratamento imunomodulador com altas doses de Vitamina D e dieta sem glúten (existem milhares de trabalhos científicos relacionando o glúten e a Doença de Behçet).
Após 4 meses ele retornou a Campinas para a segunda consulta e, plenamente satisfeito com a sua evolução, gravou um depoimento para ajudar-nos a divulgar esse Protocolo que é uma verdadeira REVOLUÇÃO TERAPÊUTICA na prevenção e controle das doenças autoimunes.

A Doença de Behçet recebeu esse nome em homenagem ao dermatologista turco Hulusi Behçet que a descreveu detalhadamente em 1937 (embora ela já fosse citada pelos gregos desde a Antiguidade Clássica). 
Trata-se de uma vasculite crônica autoimune que atinge preferencialmente veias de pequeno calibre. É mais frequente em homens (2:1) e as suas principais manifestações clínicas são: uveítes recidivantes, úlceras orais e úlceras genitais.
A doença de Behçet (pronuncia-se bedjet) é também conhecida como DOENÇA DA ROTA DA SEDA, devido a sua grande incidência na vasta região cruzada por essa antiga rota comercial de 7.000 km que interliga os países europeus mediterrâneos com a China no Extremo Oriente.
A rota comercial da seda acabou se tornando uma rota migratória e, o embaralhamento genético das populações que se instalaram ao longo desse percurso criou um padrão  hereditário de histocompatibilidade (HLA B 51) que favorece o desenvolvimento da Doença de Behçet, a qual é pouco frequente nos demais países do mundo (1/20.000 habitantes).
UM DEPOIMENTO ESPETACULAR QUE PRECISA SER DIVULGADO PARA O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE MÉDICOS E PACIENTES.
Dr. ISRAEL CIRLINAS é um dos médicos da nossa equipe que participou dos Seminários sobre a Vitamina D em São Paulo e, em seguida, realizou um estágio na CLÍNICA do DR. CÍCERO.
Recentemente ele começou a gravar depoimentos dos seus pacientes e encaminhou-me esse vídeo que eu fiz questão de compartilhar em nosso site.
Trata-se de um caso grave de DOENÇA DE BEHÇET – também conhecida como Doença da Rota da Seda – uma VASCULITE AUTOIMUNE DISSEMINADA que pode causar lesões de gravidade variável em múltiplos órgãos.
A paciente foi medicada durante muito tempo com praticamente todos os medicamentos convencionais sem sucesso.  Em uma das diversas internações que sofreu, ela desenvolveu crises convulsivas que provocaram uma PARADA CARDÍACA.
Após receber alta a paciente ficou sabendo do PROTOCOLO DA VITAMINA D e procurou o Dr. Israel Cirlinas.  Em poucos dias de tratamento ela ficou livre de todos os sintomas e abandonou todos os MEDICAMENTOS CONVENCIONAIS.
Quero parabenizar o DR. ISRAEL pela condução bem sucedida de mais esse caso grave de patologia autoimune e destacar que todo o sucesso terapêutico que estamos alcançando deve ser creditado ao DR. CÍCERO GALLI COIMBRA, médico e pesquisador que idealizou o “Protocolo da Vitamina D em Doses Hiperfisiológicas”. 




A polêmica da vitamina D na cura de doenças auto imunes como a esclerose múltipla

O analista de sistemas Ricardo Marques dos Santos, de 35 anos, consultou 22 médicos até ser diagnosticado com esclerose múltipla. O distúrbio, marcado pelo ataque das próprias células de defesa ao sistema nervoso, já tinha deixado o mineiro de Belo Horizonte com parte dos movimentos bastante comprometida. “Não conseguia receber uma visita no portão de casa. Não podia dirigir nem ir ao banco ou cortar o cabelo”, recorda-se. Mas o diagnóstico não foi o fim do martírio. Santos começou a terapia tradicional para deter o avanço da doença com drogas imunossupressoras. A tática funcionou, mas cobrou um preço: fraqueza, baixa na imunidade e gripes de repetição. “Será que o resto da minha vida será assim?”, angustiava-se Santos.
Até que o mineiro soube de um tratamento experimental, à base de superdoses de vitamina D, prescrito pelo neurologista gaúcho Cícero Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Santos marcou uma avaliação com um dos médicos da equipe de Coimbra em 2013. E saiu do consultório com uma receita para tomar uma dose diária de 60 mil UI (unidades internacionais) de vitamina D, ao custo de 150 reais mensais, o que corresponde a 1% do valor da terapia convencional. Só isso.
Passados os primeiros dias de uso, o analista já sentia recuperar os movimentos. Três meses depois, seu próprio neurologista notou a diferença em uma consulta de retorno. “Ele percebeu a melhora e ficou curioso. Era contra o tratamento com a vitamina D, mas hoje respeita minha decisão”, conta.
A história de Santos não é um caso isolado. Como ele, centenas de pacientes com esclerose múltipla e outras doenças autoimunes com sintomas parecidos estão recorrendo à vitamina D em forma de gotas e cápsulas. Acontece que esse uso divide (e muito) opiniões. O motivo da discórdia, que faz boa parte dos médicos torcer o nariz para as megadoses, é a falta de evidências científicas de que elas são seguras e eficientes. A carga de vitamina D receitada chega a superar em 35 vezes o limite estipulado pelas entidades médicas de todo o mundo. “Não podemos indicar um tratamento que não sabemos se funciona”, argumenta o neurologista Jefferson Becker, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Especialistas reconhecem que a deficiência de vitamina D é uma questão de saúde pública, associada a problemas como osteoporose, raquitismo e, inclusive, doenças autoimunes. No entanto, não há provas categóricas de que um bombardeio com a substância estanque distúrbios como a esclerose múltipla. A falta de evidências, porém, não significa que elas não existam. E, de fato, o relato dos beneficiários da vitamina impressiona. “Atingi 100% de sucesso em 95% dos pacientes. É só felicidade para nós e para eles”, comemora Coimbra, que não prescreve nenhuma outra medicação em conjunto com a megadose.
Apesar do sucesso relatado por Coimbra, seu método angaria uma porção de críticas. Um dos motivos apontados pela oposição é o fato de excluir do tratamento fármacos reconhecidamente efetivos. Outro é o risco do excesso de vitamina D, que pode ser tóxico, sobrecarregar as artérias e os rins e elevar a deposição de cálcio no organismo.
Para driblar esses efeitos adversos, o neurologista orienta uma dieta com muita água e restrições na ingestão do mineral. Sim, a controvérsia em torno é grande. E acaba de esquentar com a divulgação de um novo estudo, publicado no periódico da Academia Americana de Neurologia, que dá parecer favorável ao uso da vitamina D no tratamento da esclerose múltipla.
Cientistas das universidades Johns Hopkins, Duke e Stanford, nos Estados Unidos, avaliaram o efeito de duas dosagens diárias em 40 portadores da doença. Um grupo recebeu 800 UI e o segundo, 10 400 UI. Após seis meses, ambos apresentaram uma redução sensível nos sintomas. Só que, na parcela agraciada com a megadose, observou-se também uma queda no estado inflamatório sem comprometimento das defesas, indício de que a superdose é segura e, possivelmente, eficaz. Ou seja, ela parece ter conseguido modular o sistema imune para que ele deixe de agredir as estruturas nervosas.
Já é consenso que a carência do hormônio (sim, no corpo a vitamina D atua como hormônio) é mais frequente em pessoas com esclerose múltipla. Levantamentos mostram inclusive que as regiões mais frias e distantes da linha do Equador — isto é, menos ensolaradas — possuem maior prevalência do problema. Becker esclarece, porém, que baixos níveis de vitamina D não são o único fator por trás da condição. Portanto, não adiantaria só resolver o déficit para brecar a doença.
“Nenhuma diretriz no mundo recomenda ou sequer sugere o uso de megadoses de vitamina D em conjunto com outras medicações ou como tratamento isolado”, ressalta a neurologista Maramélia Miranda, também da Unifesp. Para o médico João Lindolfo, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, ainda faltam estudos comparativos. “Não se sabe quanto o resultado é real e quanto é um efeito placebo”, opina.
Mas Coimbra, que prescreve a vitamina desde 2002, refuta as acusações de que não há pesquisas suficientes. “São mais de 25 mil artigos sobre o assunto. Não existe vitamina com mais publicações na literatura médica”, defende. Estudos trazem, de fato, dados de suporte a essa terapêutica desde 1980 — ela conseguiria conter o número e a gravidade das crises na esclerose múltipla. Trabalhos mais recentes chegam a sugerir que a reposição da substância auxilia a brecar o avanço da doença, reforçando a hipótese de que seu déficit é um dos elementos centrais, junto à carga genética, no desenvolvimento da enfermidade. Especialistas afirmam, contudo, que falta robustez a esse corpo de evidências. Acima disso, Coimbra não revela dados de seu grupo de pacientes, tampouco publica pesquisas com eles.
Coimbra conta que o nosso organismo produz até 20 mil UI de vitamina D quando exposto ao sol, quantidade considerada por ele segura de ser administrada na forma de gotas ou cápsulas. “A natureza é perfeita. Não há uma única célula do corpo humano, da raiz do cabelo à unha do pé, que não tenha receptor para a vitamina D”, ensina. Mas por que o neurologista receita hoje doses mais elevadas do que as 20 mil UI? Ele explica que percebeu, ao longo dos anos, que parte dos pacientes sofre de uma espécie de resistência à ação do hormônio. Hoje, Coimbra aplica um teste genético que mede essa resistência e ajusta a carga da suplementação até aparecerem as melhoras.
Médicos incrédulos quanto aos benefícios referidos por Coimbra questionam por que ele não realizou até o momento pesquisas com seus pacientes. “Eu já tentei muitas vezes. Já tive verba aprovada para estudo, mas a instituição recuou”, relata. Um dos motivos da negativa, segundo ele, seria a pressão exercida pela indústria farmacêutica, que fatura milhões com a venda de remédios para esclerose múltipla, muitos bancados pelo SUS.
Como a vitamina D é um hormônio fabricado pelo corpo, ela não é passível de ser patenteada. Daí que laboratórios não veriam vantagens em bancar os testes – ora, não haveria retorno financeiro. Questionada sobre essa suposta falta de interesse, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, a Interfarma, diz que as “pesquisas são decisões estratégicas de cada farmacêutica”.
O fato é que, nos últimos anos, assistimos a um avanço terapêutico tremendo na luta contra a esclerose múltipla. Medicamentos como o fingolimode, a teriflunomida e o dimetilfumarato foram bem nos ensaios clínicos e já permitem um combate mais inteligente à doença. No entanto, o acesso no Brasil ainda é limitado. “Apenas o fingolimode é oferecido pelo SUS, e, mesmo assim, com restrições de uso para casos iniciais”, nota Maramélia Miranda. Outra barreira é o alto custo, o que torna o tratamento dependente do financiamento pelo goveno ou planos de saúde. Não é tão raro também que pacientes relatem efeitos colaterais e abandonem a medicação – isso, aliás, explica parte do apelo da vitamina D.
Maramélia, assim como outros especialistas, não vê problemas em aliar a suplementação comum ao tratamento tradicional. “De fato, estudos já demonstraram que aumentar os níveis de vitamina D no sangue de portadores da doença traz benefícios”, diz. Repare: não se fala aqui em megadoses, muito menos em sua aplicação isolada. No momento, a Sociedade Nacional de Esclerose Múltipla dos EUA financia três estudos com o hormônio. Um deles, conduzido pela Johns Hopkins, quer comparar a superdosagem com a terapia-padrão – no caso, um fármaco imunomodulador, o acetato de glatirâmero. Outra pesquisa, essa de Harvard, inspeciona em amostras de sangue de 1,6 mil pessoas com alto risco para o distúrbio qual seria o real impacto do déficit da vitamina D e de outros fatores, como infecções e tabagismo.
A substância, aliás, vem prestando serviço em outras doenças autoimunes, como lúpus, psoríase, vitiligo, síndrome de Devic (uma “prima” da esclerose) e tireoidite de Hashimoto, mal por trás do hipotireoidismo. Até mesmo alguns tipos de câncer e o diabete estão na mira da molécula, que teria outras funções metabólicas além de reger a imunidade. Um estudo espanhol com 150 voluntários revelou, no ano passado, que baixos índices do hormônio favorecem o aparecimento do diabete tipo 2, mesmo quando outras condições tipicamente associadas ao desbalanço da glicemia, como obesidade, não estão em jogo. “A vitamina D parece estar mais ligada ao aproveitamento da glicose do que o peso em si”, declarou o líder do trabalho, Manuel Macias-Gonzalez, no anúncio dos resultados. As promessas são vastas. E as controvérsias também. Que a ciência nos traga respostas mais conclusivas – pelo bem dos próprios pacientes.

O que dizem a favor

A vitamina D ajuda a orquestrar a imunidade, cortando processos inflamatórios crônicos, típicos de doenças autoimunes. No caso da esclerose múltipla, os danos acometem as bainhas de mielina, que revestem a cauda dos neurônios. Casos clínicos e relatos de pacientes atestam melhora dos sintomas e da qualidade de vida com o uso de superdoses.

O que dizem contra

Faltam estudos em seres humanos com metodologia rígida e número considerável de participantes que permitam concluir que as megadoses de vitamina D, especialmente em seu uso isolado, combatem com eficácia e de maneira sustentada a esclerose múltipla e outros males autoimunes. O excesso dos suplementos, aliás, pode ser tóxico ao corpo.

Como ela é obtida?

Naturalmente obtida com a exposição solar, a vitamina D pode ser indicada na forma de suplementos – e em diferentes doses
Exposição solar
O sol é o principal estímulo para a produção da vitamina pelo corpo. Vinte minutos de roupa de banho e sem protetor geram até 20 mil UI.
Pescados
A alimentação fornece uma cota, ainda que pequena, da substância. Entre as fontes, destacam-se peixes como salmão e sardinha.
Lácteos
No cardápio, leite e derivados também dão uma forcinha — hoje você encontra no mercado produtos fortificados com a vitamina D.
Em gotas
Suplemento oleoso, manipulado ou vendido pronto em farmácia. Cada gota tem 200 UI de vitamina D. É indicada contra a deficiência e na prevenção de osteoporose.
Em cápsulas
Cada uma delas contém 200 UI da substância e os usos são similares ao da versão em gotas. Pessoas mais velhas tendem a tomar mais devido à dificuldade do corpo de produzir a vitamina.
A superdose
É administrada em gotas ou cápsulas, a partir de 10 mil UI por dia, e tem sido receitada para doenças mais graves. Exige acompanhamento criterioso do médico e dieta restrita em cálcio.

As indicações

Usos estabelecidos
A suplementação é receitada para combater doenças ósseas como raquitismo e osteoporose. Pessoas que fizeram cirurgia de redução de estômago têm de tomar para evitar perdas nutricionais. Sem ela, apenas 15% da nossa ingestão de cálcio pela dieta e 60% do fósforo são absorvidos.
Usos em estudo
É de perder a conta o número de pesquisas que testam o potencial terapêutico da suplementação. Doenças autoimunes como esclerose múltipla e lúpus são alguns dos alvos. Pacientes com câncer e diabete também estão entre os possíveis beneficiários.
A vitamina D e a imunidade
O papel da substância no organismo desde a sua produção até a regulação das defesas
1. A vitamina D é fabricada pelo corpo com a exposição ao sol. Em contato com a pele, os raios UVB ativam uma forma de pré-vitamina D.
2. A molécula cai na corrente sanguínea e alcança o fígado, onde é transformada, então, em calcifediol.
3. A substância passa ainda pelos rins, onde ganha sua forma ativa, ou colecalciferol – esta é a versão fornecida pelos suplementos em gotas ou cápsulas.
4. Atuando como hormônio, a vitamina D participa da absorção de cálcio no intestino e auxilia a regular sua concentração, algo crucial para os ossos.
5. A molécula ainda modula células imunológicas, caso dos linfócitos. Isso ajuda a prevenir infecções e minimizar inflamações, como as das doenças autoimunes.

A Vitamina D e o câncer

Notícias sobre pesquisas que relacionam a falta de vitamina D com o desenvolvimento de câncer ganharam a atenção das redes sociais recentemente. Mas o que a ciência sabe realmente sobre essa relação?
A nutricionista Georgia Oliveira, que atende os pacientes da Oncologia D’Or no Rio de Janeiro, esclarece.

1.Existe relação entre os níveis insuficientes de vitamina D e o câncer? 
Embora não haja nenhuma comprovação científica sobre o papel benéfico da Vitamina D, alguns estudos pré-clínicos e especialistas sugerem fortemente que a deficiência de vitamina D aumenta o risco de desenvolvimento do câncer e que adicionar suplementos de vitamina D pode ser uma maneira econômica e segura para reduzir a incidência de câncer e melhorar o prognóstico e /ou o desfecho da doença.
2. De que forma a vitamina D agiria na prevenção do câncer?
A vitamina D tem sido conhecida por seu papel fisiológico na homeostase mineral através de suas ações sobre os intestinos, rins, glândulas paratireoides e osso. Contudo, as observações recentes dos efeitos anticancerígenas da forma bioativa da vitamina D (1,25 [OH] 2D3) numa ampla gama de tumores são pouco compreendidas ainda.

3. Quais cânceres seriam mais afetados pela falta de vitamina D?
O conhecimento existente, muitas vezes fragmentado, seria das vias de sinalização que levam à diferenciação induzida pela vitamina D de células do câncer de cólon, mama, próstata, carcinoma de células escamosas, osteossarcoma e leucemia mieloide.

4. Quando a suplementação é indicada?
Deve se suplementar, quando há níveis séricos insuficientes e ou deficientes. Existe um conjunto considerável de evidências de que as principais células cancerosas humanas podem ser candidatas adequadas para a quimioprevenção ou terapia de diferenciação com vitamina D. No entanto, estudos adicionais são necessários para compreender completamente os mecanismos subjacentes, a fim de melhorar as abordagens terapêuticas.

5. Existe relação entre atividade física e vitamina D?
O aumento do peso e do Índice de Massa Corporal (IMC) está associado a concentrações mais baixas de vitamina D no sangue. Podemos considerar, que a obesidade pode causar Hipovitaminose D (falta de vitamina D), quadro que está associado ao aumento do risco do câncer de mama nos pacientes estrogênio positivo. A alteração do IMC com maior concentração de gordura (obesidade) e a gordura corporal afetam, diretamente, os níveis de concentrações séricas de alguns hormônios, como estrogênios, insulina e fatores de crescimento semelhantes à insulina. Esse processo pode facilitar a incidência de carcinogênese da mama. Estes hormônios contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, estimulando a resposta inflamatória do corpo. A atividade física também parece reduzir o risco de câncer de mama diminuindo diretamente os níveis de estrogênios séricos e insulina sérica ou através da redução da gordura corporal. Além disso, pessoas que fazem exercícios físicos regularmente são mais propensas exposição à luz solar, que eleva os níveis de vitamina D do sangue.

FALTA DE VITAMINA D PODE ENGORDAR

Ela não é queridinha dos médicos à toa: a vitamina D tem diversas propriedades. Como já se sabe, é fundamental para a saúde dos ossos, e não é só isso. Pesquisadores ingleses comprovaram que a substância também age no coração, cérebro e no mecanismo de proliferação e inibição das células. Além disso, é eficaz no fortalecimento do sistema de defesa do organismo, auxiliando no combate de doenças como diabetes, hipertensão, esclerose múltipla e doença de Crohn, pois tem o poder de modular o sistema imunológico.
Por outro lado, a falta de vitamina D pode acarretar diversos problemas para a saúde, sendo que um deles pouca gente imagina: o aumento do peso. Isso porque a escassez dessa substância altera a produção de insulina, hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue e ingresso de glicose nas células – a queda brusca da glicemia é um dos principais estímulos para o aumento do apetite. Lilian Kanda Morimitsu, endocrinologista do Hospital Santa Cruz e mestre em endocrinologia pela Escola Paulista de Medicina, explica que a deficiência da vitamina faz com que o nosso organismo resista à ação da insulina e, com isso, sinta a necessidade de produzir ainda mais esse hormônio, provocando a sensação de fome. Por causa desse desequilíbrio hormonal, o déficit de vitamina D faz com que a pessoa coma sem obter a saciedade, aumentando seu peso.

Suplementação

Lilian alerta que é imprescindível a exposição ao sol, que ativa a produção de vitamina D na pele por meio dos raios ultravioletas (UVB). Também é possível obter pequenas quantidades da vitamina na dieta, em alimentos como leites e derivados, ovos e óleo de fígado de peixe. “Em média, um adulto precisaria consumir 5 mcgs por dia de vitamina D e idosos, em geral, 10 mcg/dia”, informa a especialista.
Como é difícil chegar a essa quantidade apenas com a alimentação, existe também a possibilidade de repor a vitamina D sob forma de suplementação, desde que haja orientação de um profissional, para não haver uma hipervitaminose. Vale lembrar que, em grande quantidade, essa vitamina pode causar cálculo renal, por acúmulo de cálcio nos rins, e até osteopetrose, doença em que o excesso de cálcio na estrutura óssea a torna mais propensa a fraturas.